Mobilidade Urbana, circulação e transportes
Questões como trânsito caótico, longos engarrafamentos, acidentes, transportes públicos lotados e de qualidade duvidosa, dentre outras, fazem da mobilidade urbana um dos principais temas associados aos investimentos que pretendem adequar a infra-estrutura da Cidade para os grandes eventos que aqui serão realizados.
Mas essa não é uma realidade exclusiva do Rio de Janeiro. Em todo o mundo, a questão da mobilidade urbana é um dos grandes desafios. Aqui do lado, na capital paulista, temos o exemplo do sistema de rodízio de carros, no qual cada conjunto de carros com final de placa com o mesmo número fica proibido de circular um dia da semana – induzindo seus proprietários a buscarem alternativas para sua locomoção.
Como estamos numa metrópole, não temos como prescindir de políticas públicas estaduais e federais para o trânsito e os transportes. E assim tem sido no Rio de Janeiro. Além dos programas e ações desenvolvidas pela municipalidade, ainda temos as ações promovidas pelo Governo do Estado, sendo que a implementação do Arco Metropolitano é uma das mais visíveis. O projeto pretende instituir uma via expressa que retire o trânsito de cargas das áreas e vias centrais das cidades, desde Itaguaí até São Gonçalo.
No âmbito da Cidade do Rio de Janeiro, uma das alternativas para a melhoria da mobilidade e da circulação são os BRTs. Esta é uma sigla em inglês que significa Bus Rapid Transit, ou seja, corredores expressos para ônibus. A sua concepção baseia-se em vias expressas destinadas para a circulação exclusiva de ônibus articulados, com capacidade para 160 passageiros. Eles parecem com os corredores de ônibus de Curitiba, e possuem ares de metrô de superfície.
Essa é a principal proposta para a Cidade do Rio de Janeiro, que prevê a implantação de três desses sistemas, que ligarão a Barra da Tijuca a três pontos diferentes, denominados de TransOeste, TransCarioca e TransOlímpica. Estes sistemas possuem as seguintes características:
TransOeste: fará a ligação Barra/Santa Cruz/Campo Grande.
TransCarioca: Barra da Tijuca/Aeroporto Internacional Tom Jobim/Ilha do Governador – Também conhecida como T5, essa via terá 39 km de extensão que ligarão a Barra da Tijuca ao Aeroporto Tom Jobim. Além da ampliação da via, a obra inclui dois mergulhões, quatro viadutos, uma passagem inferior e a urbanização da área adjacente. A TransCarioca visa atender a cerca de 350 mil passageiros por dia. A via passará pelos bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Curicica, Taquara, Tanque, Praça Seca, Campinho, Madureira, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha e Penha. A proposta é que ao longo da via sejam instaladas 36 estações e dois terminais para embarque e desembarque de passageiros. Seu custo está estimado em pouco mais de R$ 700 milhões e a previsão é de que a obra dure três anos.
TransOlímpica: Recreio dos Bandeirantes/Deodoro. O projeto prevê a construção de uma via que ligará a Barra da Tijuca à Deodoro, dois bairros da Zona Oeste que deverão abrigar grande número de complexos esportivos. A proposta é que essa via atravesse seis bairros e tenha 26 km de extensão, com três faixas para veículos em cada sentido e uma faixa central exclusiva para o sistema de BRT em cada sentido.
Fortalecendo o Rodoviarismo
É inquestionável a necessidade de aumento das condições de trafegabilidade pela Cidade do Rio de Janeiro. Não é preciso ser um estudioso do assunto para chegar a essa conclusão, basta tentar circular por suas ruas e avenidas. E como somos um dos principais produtores e consumidores de automóveis no mundo, essa necessidade tende a se expandir. E não há como desvincular o aumento dessas demandas por mais espaço, das políticas de estímulo à produção e aquisição de automóveis, como a promovida pelo Governo Federal recentemente com a redução do IPI dos carros novos.
A Cidade do Rio tem uma população atual de mais de 6 milhões de habitantes e sofre influência de uma outra expressiva população que trabalha, produz e vive grande parte de sua vida na Capital, mas possui moradia em cidades periféricas. Essas pessoas estão circulando diariamente com dificuldades entre suas casas e o trabalho, a escola e o lazer. Com a perspectiva de realização dos grandes eventos programados para a Cidade, essa questão tem que ser equacionada. E como a proposta não é de solução pontual apenas para o período dos eventos, ela visa atender às necessidades da população atual – com as necessárias projeções futuras de demanda. Portanto, como serão intervenções de alto custo financeiro e que impactarão a Cidade por várias gerações, esses projetos devem estar sintonizados com os princípios, as diretrizes e os instrumentos de planejamento existentes.
Um dos maiores problemas enfrentados na elaboração e implantação de políticas públicas para transportes no Rio de Janeiro é que essas políticas são estabelecidas sob o comando dos próprios concessionários – que estão preocupados com a manutenção de suas vantagens nas margens de lucro que a atividade proporciona. Com isso, temos políticas que apostam no sistema rodoviarista, em detrimento de investimentos em transportes sob trilhos ou hidroviários.
O professor do programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Fernando McDowell, em matéria publicada na Revista do CREA/RJ, manifestou opinião de que a infraestrutura de transportes da Cidade do Rio ainda está longe de ser a ideal:
“Eu acredito que a solução para a mobilidade está na melhoria do transporte coletivo. Isso pode começar com os três corredores, mas tem que haver melhoria nos trens e metrô, para que atuem de forma integrada. Os ônibus também precisam ser mais eficientes. É preciso criar uma nova filosofia que privilegie o transporte público em detrimento do carro privado. Não como uma obrigação, mas pelo reconhecimento da qualidade dos transportes coletivos. A mobilidade só virá com a garantia de segurança na viagem a pé, com calçadas bem pavimentadas e sinalização horizontal eficiente, além de uma rede cicloviária conectando todos os sistemas de transporte. Com isso, teremos melhorias.”
Quanto ao Metrô, temos tido tímidos investimentos desde que foi inaugurado, em 1979. Se tivesse sido diferente, certamente sentiríamos os resultados na atualidade. Mas o que era para ser uma alternativa de qualidade, já está ficando abaixo das expectativas, dada a limitada capacidade de operar frente às demandas existentes. Apesar da existência dos projetos de expansão das linhas do Metrô, inclusive a que atravessaria a Baía de Guanabara rumo a Niterói, a construção de novas estações tem acontecido a passos extremamente lentos.
O que dizer, então, dos trens urbanos? Em meados da década de 1980 transportavam mais de 1 milhão de passageiros por dia. Às vésperas de sua privatização, em 1998, operava com capacidade de transportar 145 mil passageiros por dia, quase dez vezes menos. Hoje, segundo matéria da Revista VEJA , os trens do Rio circulam transportando cerca de 450 mil passageiros por dia, que se deslocam entre o Rio e outras 10 cidades da Região Metropolitana.
O transporte hidroviário também poderia ser uma importante alternativa para a população da cidade do Rio de Janeiro e de outras cidades da Região Metropolitana, como Duque de Caxias, Magé e São Gonçalo. Mas o exemplo das linhas já operadas para o transporte entre Rio e Niterói não tem sido promissor em qualidade e benefícios, eis que a concessão parece toda desenhada para atender prioritariamente aos interesses do concessionário, deixando a população a ver navios... ou melhor, em barcas à deriva.
Amanhã vou falar dos projetos para a Cidade do Rio e os impactos socioambientais.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
Resposta ao Raul Mazzei
Por incrível que pareça, eu não consegui colocar comentário no meu próprio blog! Dilema de uma nova era ou pura ignorância tecnológica? Antes de chegarem a alguma conclusão, digo que decidi postar então por aqui mesmo um comentário ao comentário do meu amigo Raul Mazzei. Aí vai:
Caro amigo Raul,
Vc tem razão. Pelo menos na Baía de Guanabara isso tem plena viabilidade. Mesmo assim, não vemos o transporte hidroviário avançar.
Comento isso na continuação dos comentários de hoje, que vou postar agora.
Um abraço,
Caro amigo Raul,
Vc tem razão. Pelo menos na Baía de Guanabara isso tem plena viabilidade. Mesmo assim, não vemos o transporte hidroviário avançar.
Comento isso na continuação dos comentários de hoje, que vou postar agora.
Um abraço,
segunda-feira, 11 de julho de 2011
TRANSPORTE NA CIDADE OLÍMPICA: pavimentando mais do mesmo ou plantando sustentabilidade
Tenho acompanhado a uma certa distância as questões relacionadas aos preparativos para os eventos internacionais que ocorrerão na cidade do Rio de Janeiro. Mas acabei me envolvendo um pouco mais com o convite que recebi da Revista do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro para escrever sobre os projetos de transporte para a Cidade. Estarei, portanto, falando sobre esse tema nos próximos dias, a partir de hoje.
Um Rio que cresce
O Estado do Rio de Janeiro saiu de uma estagnação econômica e política que lhe atravessou por, pelo menos, três décadas, período no qual os investimentos públicos e privados foram sendo sistematicamente esvaziados. Desde o início do Governo Sérgio Cabral, em 2007, que se alinhou com o Presidente Lula, o Estado do Rio de Janeiro vem passando por uma transformação que ajudou a desengavetar diversos projetos de desenvolvimento. Vários deles se encontravam parados, sem perspectiva de financiamento e implementação. Na atualidade ganharam viabilidade e apoio, tendo já vários deles saído do papel, abrindo frentes de obras em diversas localidades do Estado.
Nesse contexto de prosperidade, o Estado ainda pôde contar com alguns incentivos externos que movimentarão muito a Capital, em especial a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mas não podemos deixar de citar os Jogos Mundiais Militares e o Rock in Rio, neste ano de 2011, e a Rio + 20 – a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 2012. Sem dúvida alguma, esses eventos internacionais podem trazer contribuições inestimáveis para a Cidade do Rio de Janeiro.
Um dos pilares de qualquer matriz de desenvolvimento, a questão dos transportes e da mobilidade urbana entra em cena no Rio de Janeiro com a perspectiva de estabelecer planos e sistemas estruturantes para uma política que produzirá reflexos nas próximas décadas. É o caso dos projetos de vias expressas que estão em processo de licenciamento no Município do Rio de Janeiro: a TransOeste, a TransCarioca e a TransOlímpica.
Como projetos que pretendem produzir mudanças profundas nos sistemas de circulação na Cidade e, portanto, na dinâmica urbana, essas intervenções causam um conjunto de impactos positivos e negativos que – no final das contas – serão vividos pela sociedade. Por isso, aumenta a necessidade de aprofundamento sobre o modelo de cidade que se quer para o Rio de Janeiro, que reflita da melhor forma os desejos e os sonhos de seus habitantes, sua felicidade de viver num lugar que seja aprazível, confortável e provedor das necessidades humanas.
Este artigo se propõe a uma reflexão sobre os projetos de melhorias nos sistemas de transporte e circulação na Cidade do Rio de Janeiro, construindo um cenário que tem como elementos a análise sobre as alternativas para o transporte público, a confirmação da má qualidade dos serviços na atualidade, os impactos ambientais e de vizinhança, o planejamento municipal e a participação da sociedade nos processos decisórios.
A Ilusão dos Legados
A perspectiva de realização de grandes eventos na Cidade do Rio de Janeiro reacende as discussões sobre as necessidades que temos de adaptar a cidade para receber com a devida hospitalidade os visitantes que por aqui passarão. É a ampliação e a melhoria da rede hoteleira, das redes de serviços, a revitalização dos pontos turísticos, a melhoria da mobilidade urbana e, evidentemente, a construção e reforma das suas instalações esportivas.
Essas intervenções ganham projeção e viabilidade a partir do agendamento desses grandes eventos. Mas não devem estar voltadas exclusivamente para atender às necessidades dos visitantes, senão pecariam pela futilidade e superficialidade. A intenção, pelo menos nos discursos oficiais, é de que as obras sejam a oportunidade de se deixar um legado para a cidade, na forma de melhorias que aumentem a qualidade de vida do carioca em sua cidade.
Legado significa aquilo que alguém deixa para outrem ou, ainda, de forma metafórica, uma herança que os mais velhos deixam para os mais novos ou que uma geração deixa para seus sucessores. Portanto, legado não é necessariamente uma coisa positiva. Pode ser também uma herança maldita!
Ao falar de legado para o Rio de Janeiro, não dá para não comentar sobre os Jogos Panamericanos de 2007 – que em seus preparativos traziam os mesmos discursos que os atuais, mas que depois de poucos anos estão longe do imaginário carioca sobre sua Cidade. Isto é, o chamado Legado do PAN é uma entidade desconhecida do cidadão carioca, que não consegue lhe atribuir sequer valor imaginário. Por um lado, porque a população passou ao largo do hipotético planejamento municipal voltado para o evento. Por outro, porque efetivamente também não teve participação na construção do legado, o que o distanciou da subjetividade coletiva de formação dessa herança social.
O Prefeito Eduardo Paes adotou caminho distinto de seu antecessor. Editou o Decreto nº 32886, de 8 de outubro de 2010, que define o “Legadômetro” e determina as diretrizes a serem observadas na avaliação das intervenções urbanas e dos equipamentos esportivos e de apoio relacionados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
No decreto, “Legadômetro” é definido como a ferramenta de avaliação dos impactos das intervenções propostas para os grandes eventos e inclui quatro indicadores: 1- Econômico: geração de empregos, formalização da economia e impacto na imagem da Cidade do Rio de Janeiro; 2- Urbanístico: alinhamento com as diretrizes do Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro e requalificação dos espaços da vizinhança; 3- Social: prioridade para o transporte de massa, expansão da oferta de habitação de interesse social e aplicação dos conceitos de acessibilidade universal; e, 4- Ambiental: melhorias na qualidade da água, do ar e do solo, e valorização do patrimônio ambiental natural e cultural.
Segundo o texto da norma municipal, todos os projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 serão analisados por uma Comissão de Avaliação dos Projetos de Legado Urbano, composta por representantes das Secretarias Municipais de Urbanismo, de Meio Ambiente, de Transportes e de Obras, que tem competência para emitir parecer preliminar a respeito, sem prejuízo das análises técnicas a serem feitas pelos órgãos de licenciamento da Prefeitura.
Iniciativa importante, que já traz diferencial significativo quanto ao comportamento adotado pela Prefeitura à época da preparação dos Jogos Panamericanos. Porém, a composição exclusivamente governamental não permite o acompanhamento e o controle externos – o que deixará referida comissão sujeita às naturais pressões políticas sobre seus posicionamentos.
Um Rio que cresce
O Estado do Rio de Janeiro saiu de uma estagnação econômica e política que lhe atravessou por, pelo menos, três décadas, período no qual os investimentos públicos e privados foram sendo sistematicamente esvaziados. Desde o início do Governo Sérgio Cabral, em 2007, que se alinhou com o Presidente Lula, o Estado do Rio de Janeiro vem passando por uma transformação que ajudou a desengavetar diversos projetos de desenvolvimento. Vários deles se encontravam parados, sem perspectiva de financiamento e implementação. Na atualidade ganharam viabilidade e apoio, tendo já vários deles saído do papel, abrindo frentes de obras em diversas localidades do Estado.
Nesse contexto de prosperidade, o Estado ainda pôde contar com alguns incentivos externos que movimentarão muito a Capital, em especial a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mas não podemos deixar de citar os Jogos Mundiais Militares e o Rock in Rio, neste ano de 2011, e a Rio + 20 – a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 2012. Sem dúvida alguma, esses eventos internacionais podem trazer contribuições inestimáveis para a Cidade do Rio de Janeiro.
Um dos pilares de qualquer matriz de desenvolvimento, a questão dos transportes e da mobilidade urbana entra em cena no Rio de Janeiro com a perspectiva de estabelecer planos e sistemas estruturantes para uma política que produzirá reflexos nas próximas décadas. É o caso dos projetos de vias expressas que estão em processo de licenciamento no Município do Rio de Janeiro: a TransOeste, a TransCarioca e a TransOlímpica.
Como projetos que pretendem produzir mudanças profundas nos sistemas de circulação na Cidade e, portanto, na dinâmica urbana, essas intervenções causam um conjunto de impactos positivos e negativos que – no final das contas – serão vividos pela sociedade. Por isso, aumenta a necessidade de aprofundamento sobre o modelo de cidade que se quer para o Rio de Janeiro, que reflita da melhor forma os desejos e os sonhos de seus habitantes, sua felicidade de viver num lugar que seja aprazível, confortável e provedor das necessidades humanas.
Este artigo se propõe a uma reflexão sobre os projetos de melhorias nos sistemas de transporte e circulação na Cidade do Rio de Janeiro, construindo um cenário que tem como elementos a análise sobre as alternativas para o transporte público, a confirmação da má qualidade dos serviços na atualidade, os impactos ambientais e de vizinhança, o planejamento municipal e a participação da sociedade nos processos decisórios.
A Ilusão dos Legados
A perspectiva de realização de grandes eventos na Cidade do Rio de Janeiro reacende as discussões sobre as necessidades que temos de adaptar a cidade para receber com a devida hospitalidade os visitantes que por aqui passarão. É a ampliação e a melhoria da rede hoteleira, das redes de serviços, a revitalização dos pontos turísticos, a melhoria da mobilidade urbana e, evidentemente, a construção e reforma das suas instalações esportivas.
Essas intervenções ganham projeção e viabilidade a partir do agendamento desses grandes eventos. Mas não devem estar voltadas exclusivamente para atender às necessidades dos visitantes, senão pecariam pela futilidade e superficialidade. A intenção, pelo menos nos discursos oficiais, é de que as obras sejam a oportunidade de se deixar um legado para a cidade, na forma de melhorias que aumentem a qualidade de vida do carioca em sua cidade.
Legado significa aquilo que alguém deixa para outrem ou, ainda, de forma metafórica, uma herança que os mais velhos deixam para os mais novos ou que uma geração deixa para seus sucessores. Portanto, legado não é necessariamente uma coisa positiva. Pode ser também uma herança maldita!
Ao falar de legado para o Rio de Janeiro, não dá para não comentar sobre os Jogos Panamericanos de 2007 – que em seus preparativos traziam os mesmos discursos que os atuais, mas que depois de poucos anos estão longe do imaginário carioca sobre sua Cidade. Isto é, o chamado Legado do PAN é uma entidade desconhecida do cidadão carioca, que não consegue lhe atribuir sequer valor imaginário. Por um lado, porque a população passou ao largo do hipotético planejamento municipal voltado para o evento. Por outro, porque efetivamente também não teve participação na construção do legado, o que o distanciou da subjetividade coletiva de formação dessa herança social.
O Prefeito Eduardo Paes adotou caminho distinto de seu antecessor. Editou o Decreto nº 32886, de 8 de outubro de 2010, que define o “Legadômetro” e determina as diretrizes a serem observadas na avaliação das intervenções urbanas e dos equipamentos esportivos e de apoio relacionados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
No decreto, “Legadômetro” é definido como a ferramenta de avaliação dos impactos das intervenções propostas para os grandes eventos e inclui quatro indicadores: 1- Econômico: geração de empregos, formalização da economia e impacto na imagem da Cidade do Rio de Janeiro; 2- Urbanístico: alinhamento com as diretrizes do Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro e requalificação dos espaços da vizinhança; 3- Social: prioridade para o transporte de massa, expansão da oferta de habitação de interesse social e aplicação dos conceitos de acessibilidade universal; e, 4- Ambiental: melhorias na qualidade da água, do ar e do solo, e valorização do patrimônio ambiental natural e cultural.
Segundo o texto da norma municipal, todos os projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 serão analisados por uma Comissão de Avaliação dos Projetos de Legado Urbano, composta por representantes das Secretarias Municipais de Urbanismo, de Meio Ambiente, de Transportes e de Obras, que tem competência para emitir parecer preliminar a respeito, sem prejuízo das análises técnicas a serem feitas pelos órgãos de licenciamento da Prefeitura.
Iniciativa importante, que já traz diferencial significativo quanto ao comportamento adotado pela Prefeitura à época da preparação dos Jogos Panamericanos. Porém, a composição exclusivamente governamental não permite o acompanhamento e o controle externos – o que deixará referida comissão sujeita às naturais pressões políticas sobre seus posicionamentos.
Amanhã falarei sobre Mobilidade Urbana, circulação e transportes!
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Sobre bolsas e corpo docente da Pós em Gestão Ambiental Pública
Sobre a Especialização
A Pós-Graduação em Gestão Ambiental Pública é uma proposta que busca trazer para os profissionais que atuam ou pretendem atuar na área ambiental uma oportunidade única de formação. Ela se diferencia de outras especializações em Gestão Ambiental porque tem foco nas políticas públicas. Não que seja direcionada exclusivamente para quem trabalha na administração pública, eis que atende também à necessidade dos que trabalham em empresas e organizações civis - e que operem junto aos órgãos e entidades de meio ambiente na área pública.
São três as áreas de concentração do programa da pós: 1- Ecologia e Meio Ambiente; 2- Direito; e, 3- Sociologia. As disciplinas estão organizadas de acordo com essas áreas, a fim de oferecer um conjunto de conceitos, experiências e informações que estejam de acordo com a complexidade das políticas públicas ambientais. Além disso, haverá um calendário de atividades práticas e seminários, que complementarão a programação de aulas em sala.
A especialização é realizada pelo IUPERJ, que se consagrou já na década de 1970 como um centro de excelência em Pós-Graduações nas áreas da Sociologia e da Ciência Política. O IUPERJ obteve em 2010 o conceito 7 na CAPES, que é seu conceito máximo. E está trabalhando para mantê-lo na avaliação de 2011, na qual está agora inserida a Pós-Graduação que coordeno.
Sobre o Corpo Docente
O convite que recebi para coordenar essa especialização me permitiu fazer escolhas para a formação de uma equipe gabaritada para o corpo docente. Escolhi a dedo profissionais com larga experiência na concepção, avaliação, execução e crítica das políticas públicas ambientais. São pessoas com formação acadêmica relevante, sendo mais da metade com doutorado. Diversos exerceram funções de direção em órgãos ambientais como o IBAMA, ICMBio, FEEMA, dentre outros. Também temos professores que atuam ou atuaram com movimentos ecológicos e sociais. Conferindo os currículos e as disciplinas que lecionarão - e que postei anteriormente aqui -, essa minha informação poderá ser confirmada.
Sobre bolsas de estudo
Muitos amigos e amigas têm me procurado para perguntar sobre a oferta de bolsas de estudo. Tenho procurado responder a todos, mas faço aqui uma explicação geral para todos.
O IUPERJ está inaugurando o lançamento de cursos de especialização, depois de se consagrar por seus cursos de mestrado e doutorado. E nessa primeira edição, não há previsão de bolsas, pois ainda não foram firmados programas que possam dar suporte a uma política de bolsas.
Mas estamos em processo inicial de organização de programa nesta direção, no âmbito da Gestão Ambiental Pública. Vamos participar dos futuros editais da FAPERJ, para que possamos oferecer - o quanto antes - bolsas para uma parcela dos alunos matriculados.
Tenho convicção de que, a partir desse ano, estaremos formando turmas de profissionais que terão condições de atuar nas políticas públicas com mais competência, ética, capacidade de conciliação de conflitos e interesses, e com uma visão holística do desenvolvimento e da sustentabilidade.
Mais informações:
http://www.novoiuperj.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=24&Itemid=18
A Pós-Graduação em Gestão Ambiental Pública é uma proposta que busca trazer para os profissionais que atuam ou pretendem atuar na área ambiental uma oportunidade única de formação. Ela se diferencia de outras especializações em Gestão Ambiental porque tem foco nas políticas públicas. Não que seja direcionada exclusivamente para quem trabalha na administração pública, eis que atende também à necessidade dos que trabalham em empresas e organizações civis - e que operem junto aos órgãos e entidades de meio ambiente na área pública.
São três as áreas de concentração do programa da pós: 1- Ecologia e Meio Ambiente; 2- Direito; e, 3- Sociologia. As disciplinas estão organizadas de acordo com essas áreas, a fim de oferecer um conjunto de conceitos, experiências e informações que estejam de acordo com a complexidade das políticas públicas ambientais. Além disso, haverá um calendário de atividades práticas e seminários, que complementarão a programação de aulas em sala.
A especialização é realizada pelo IUPERJ, que se consagrou já na década de 1970 como um centro de excelência em Pós-Graduações nas áreas da Sociologia e da Ciência Política. O IUPERJ obteve em 2010 o conceito 7 na CAPES, que é seu conceito máximo. E está trabalhando para mantê-lo na avaliação de 2011, na qual está agora inserida a Pós-Graduação que coordeno.
Sobre o Corpo Docente
O convite que recebi para coordenar essa especialização me permitiu fazer escolhas para a formação de uma equipe gabaritada para o corpo docente. Escolhi a dedo profissionais com larga experiência na concepção, avaliação, execução e crítica das políticas públicas ambientais. São pessoas com formação acadêmica relevante, sendo mais da metade com doutorado. Diversos exerceram funções de direção em órgãos ambientais como o IBAMA, ICMBio, FEEMA, dentre outros. Também temos professores que atuam ou atuaram com movimentos ecológicos e sociais. Conferindo os currículos e as disciplinas que lecionarão - e que postei anteriormente aqui -, essa minha informação poderá ser confirmada.
Sobre bolsas de estudo
Muitos amigos e amigas têm me procurado para perguntar sobre a oferta de bolsas de estudo. Tenho procurado responder a todos, mas faço aqui uma explicação geral para todos.
O IUPERJ está inaugurando o lançamento de cursos de especialização, depois de se consagrar por seus cursos de mestrado e doutorado. E nessa primeira edição, não há previsão de bolsas, pois ainda não foram firmados programas que possam dar suporte a uma política de bolsas.
Mas estamos em processo inicial de organização de programa nesta direção, no âmbito da Gestão Ambiental Pública. Vamos participar dos futuros editais da FAPERJ, para que possamos oferecer - o quanto antes - bolsas para uma parcela dos alunos matriculados.
Tenho convicção de que, a partir desse ano, estaremos formando turmas de profissionais que terão condições de atuar nas políticas públicas com mais competência, ética, capacidade de conciliação de conflitos e interesses, e com uma visão holística do desenvolvimento e da sustentabilidade.
Mais informações:
http://www.novoiuperj.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=24&Itemid=18
terça-feira, 21 de junho de 2011
Pós-Graduação em Gestão Ambiental Pública
Prezados,
As inscrições estão abertas e as aulas terão início em 09 de agosto.
Confira o programa completo, com ementas, professores e carga horária.
Para ver mais detalhes e se inscrever, acessem o link abaixo:
http://www.novoiuperj.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=24&Itemid=18
Disciplinas com ementas, objetivos, carga horária e professores:
1- História da Legislação Ambiental Brasileira (24hs)
Ementa: Histórico da Legislação Ambiental Brasileira. Noções gerais sobre as políticas ambientais nacionais: Política Nacional do Meio Ambiente; Política Nacional de Recursos Hídricos; Política Nacional de Educação Ambiental; Política Nacional de Biossegurança; Política Nacional Urbana; Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Professor Rogério Rocco – Bacharel em Direito pela UCAM; Mestre em Direito da Cidade pela UERJ; Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio/MMA; Professor de Graduação e Pós-Graduação da UCAM, IBMEC, ESA/OAB, UVA, PUC, FUNCEFET; Autor e organizador de livros como Estudo de Impacto de Vizinhança – instrumento de garantia do direito às cidades sustentáveis (Ed. Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2ª edição, 2009). Foi Secretário de Meio Ambiente de Niterói (2000), Superintendente do IBAMA/RJ (2005-2008) e Coordenador Regional do ICMBio/MMA (2009-2010).
2- Educação Ambiental (16hs)
Ementa: A disciplina visa a abordagem do Histórico do pensamento ambientalista e seus reflexos nas políticas públicas em Educação Ambiental no Brasil; Conferências Internacionais de Educação Ambiental; Política Nacional de Educação Ambiental/PNEA e Política Nacional de Educação/PNE; As ações governamentais em Educação Ambiental formal e não formal; Educação ambiental, justiça ambiental e conflitos ambientais; Educação ambiental, participação e democracia; Educação ambiental vinculada ao licenciamento e gestão ambiental.
Prof. Celso Sanchez - Biólogo pela UFRJ; Mestre em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela UFRJ, cátedra UNESCO de Desenvolvimento Durável; e Doutor em Educação pela PUC-Rio; Professor Adjunto da Escola de Educação da UNIRIO; Possui larga experiência na área de educação ambiental, ecologia social e ensino de ciências.
3- História Ambiental do Brasil (16hs)
Ementa: Conhecer as bases teóricas e os métodos da história ambiental para sintetizar a formação e desenvolvimento do espaço geo-histórico e a evolução dos problemas ambientais no Brasil. Orientar caminhos conceituais e utilizar técnicas de pesquisa histórica de múltiplas fontes, possibilita a história como mais uma trilha de conhecimento e de consciência ecológica, instrumentalizando os agentes públicos nas relações com as comunidades e o ambiente onde elas habitam, e ampliando o campo de ações das políticas públicas.
Prof. Leonardo Jefferson Fernandes - Licenciatura em História pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Mestre em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade/CPDA-UFRRJ. Professor de História e Geografia - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Professor da disciplina Políticas Públicas e Meio Ambiente no MBA Meio Ambiente: Gestão, Impactos e Soluções Tecnológicas - Centro de Tecnologia Mineral (CETEM-MCT).
4- Ecologia e Avaliação Ambiental (24hs)
Ementa: Conceitos básicos aplicados de ecologia, pressões antrópicas e perda global da biodiversidade; tipologia e cenários típicos de impactos ambientais; sistemas de controle ambiental; aplicação de ferramentas de avaliação ambiental na gestão de passivos e riscos.
Profª. Carla Conde - Possui Graduação em Ciências Biológicas (1995) e Mestrado em Biologia (1999) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Espécies ameaçadas e impactos antrópicos sobre a biodiversidade. É professora universitária com 10 anos de experiência no ensino de Ecologia e disciplinas correlatas. Atualmente é consultora da Golder Brasil Associates, atuando na coordenação técnica e gerenciamento de projetos ambientais relacionados ao licenciamento e gestão ambiental de empreendimentos.
5- Tutela Ambiental no Brasil: Meio ambiente natural, cultural e artificial (16hs)
Ementa: Tutela do meio ambiente no Brasil em suas diversas dimensões, natural, cultural e artificial; o bem ambiental e sua gestão; princípios do direito ambiental aplicáveis às suas diversas dimensões; configuração do pacto federativo - exame de competências e atribuições; colisão entre políticas gerais e setoriais; instrumentos de gestão; lesão e ameaça de lesão do meio ambiente; instrumentos administrativos e instrumentos processuais de proteção; aprimoramento dos mecanismos de gestão e controle políticos e jurídicos; exigências de estruturação do Estado gestor diante dos paradigmas jurídico-constitucionais traçados em relação ao meio ambiente.
Profº Flávio Ahmed - Advogado Militante e Cientista Social; Conselheiro da OAB-RJ e Presidente da sua Comissão Permanente de Direito Ambiental; Elaborador, coordenador e professor do Curso de Direito Ambiental da ESA-RJ (Escola Superior de Advocacia da OAB-RJ); Membro do Conselho Nacional do Programa de Direito e Meio Ambiente da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio); Professor de Direito Ambiental da FGV-Rio; Membro Titular do CONEMA (Conselho de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro). Co-autor e coordenador de obras sobre o tema, dentre elas: “Cidades Sustentáveis no Brasil e sua Tutela Jurídica”,” Patrimônio Cultural e sua Tutela Jurídica”, “Advocacia Ambiental: Segurança Jurídica para Empreender”.
6- Introdução à Gestão Ambiental no Brasil (16hs)
Ementa: dinâmica territorial no Brasil e a agenda para a gestão ambiental; desenvolvimento e meio ambiente; políticas públicas, gestão ambiental e negociação de conflitos; agentes e tendências da GA no Brasil; destaques da legislação ambiental brasileira - recursos hídricos e unidades de conservação; tópicos especiais em GA - ciência e tecnologia; energia e mudanças climáticas; controle ambiental da água, ar e resíduos; avaliação ambiental (AIA, AAE e EIV), planejamento e tomada de decisões; análise de risco; sistemas de gestão ambiental.
Prof. Paulo Gusmão – Graduado em Administração Pública pela EBAP/FGV, pós-graduado em Gestão e Planejamento Ambiental pela University College London, Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela COPPE/UFRJ e Doutor em Geografia pelo IGEO/UFRJ. Experiências pregressas no Governo do Estado do Rio de Janeiro, na Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL/ONU) e na consultoria privada. Professor do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRJ, onde ministra disciplinas no campo das Políticas Públicas e Gestão Ambiental.
7- Ecologia Social (24hs)
Ementa: bases conceituais da ecologia social; revisão dos paradigmas da modernidade e da pós-modernidade; reflexões sobre a natureza na contemporaneidade; sistemas de pensamento sobre as técnicas, subjetividades e culturas; ecologia política.
Objetivo: A disciplina propõe refletir acerca das interações dinâmicas entre indivíduos, grupos, espaços, lugares e instituições, delimitando cenários cuja complexidade tem sido parcialmente discutida. Questões relevantes para essa análise dizem respeito aos limites fundados a partir da oposição entre os fatos da natureza e os valores e poderes da sociedade. Mais do que meras externalidades, fatores sociais, legais, econômicos e culturais, em toda a gama das instituições formais e informais, influenciam na eficácia das políticas ambientais. Tal problematização nos leva a rever a imposição de limites estanques no debate político em torno dos princípios de sustentabilidade, diversidade cultural, biodiversidade, governanças locais e globais, mobilização social. Ao mesmo tempo, a Ecologia Social fornece subsídios interessantes para dimensionar capacidades públicas investidas na gestão das políticas ambientais, sob o ponto de vista do amadurecimento das relações firmadas entre governo e sociedade.
Profª. Ana Lúcia Camphora - 47 anos, carioca, Doutora em Ciências Sociais (CPDA/UFRRJ, 2008), Mestre em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (EICOS/UFRJ, 2003), graduação em Psicologia (UFRJ, 1988). Membro do Grupo Temático de Sustentabilidade Econômica do Fórum Nacional de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, desde 2005. Coordenadora Executiva do Comitê Estadual da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica do Rio de Janeiro.
Atua como consultora independente (Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Ciência e Tecnologia, Instituto Estadual do Ambiente, BID, UNESCO, The Nature Conservancy, entre outros), em intervenções nas áreas da economia da conservação e gestão de serviços ambientais, sustentabilidade financeira e institucional de áreas protegidas, gestão de recursos hídricos.
8- Licenciamento Ambiental (16hs)
Ementa: Meio Ambiente e Licenciamento Ambiental: Visão Geral; Licenciamento como Instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente; Legislação Aplicada ao Licenciamento Ambiental; Objetivos do Licenciamento; EIA/RIMA; Resoluções CONAMA nº 01/86 e 237/97; Licenciamento Ambiental para atividades terrestres e marítimas; Licenças Ambientais: LP, LI, LO; Etapas do Estudo de Impacto Ambiental; Prática em torno da Audiência Pública.
Prof. Roberto Huet de Salvo Souza – Doutor em Ciência pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar/SP; Mestre em Biologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Fundação Universidade do Amazonas - INPA/FUA; Advogado inscrito na OAB/Rio de Janeiro; Biólogo pela Universidade Santa Úrsula/RJ; Bacharel em Direito pelas Faculdades Integradas Anhanguera/São Paulo; Auditor Ambiental, com registro no Institute of Environmental Management & Assessment – IEMA (antigo EARA); Coordenador do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA/RJ.
9- Tríplice Responsabilidade por ações lesivas ao Meio Ambiente: Crimes Ambientais, Infrações Administrativas e Responsabilidade Civil Objetiva (16hs)
Ementa: A Responsabilidade Civil no Direito comum e a Responsabilidade no Direito Ambiental; a Responsabilidade Penal ambiental: considerações gerais; a Responsabilidade Penal individual e a Responsabilidade Penal da pessoa jurídica; as Sanções Penais; os Crimes Ambientais de acordo com a Lei 9.605/98; a Responsabilidade Administrativa ambiental: conceito e considerações gerais; o Poder de Polícia ambiental; Infração Administrativa ambiental; Competência para a definição de infrações administrativas ambientais; Sanções Administrativas; as interligações entre as sanções penais e as administrativas.
Prof. Rogério Zouein – Advogado do Escritório Carlos Mafra de Laet Advogados; Biólogo; Professor, de 1995 a 2007, no Curso de Pós-Graduação em Análise e Avaliação Ambiental da PUC-RJ; Assessor-Jurídico Chefe da Fundação Parques e Jardins, da Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro (1999 a 2000); Diretor-Presidente da ONG Grupo Ação Ecológica.
10- Planejamento e Gestão do Território (16hs)
Objetivo: Proporcionar ao aluno o entendimento do conceito de planejamento e gestão do território apresentando as metodologias e técnicas disponíveis para a sua execução.
Ementa: Teoria do planejamento e gestão do território: histórico e conceituação. A gestão e o planejamento do território e o enfoque ambiental: critérios ambientais na definição do planejamento. Utilização de modelos e de instrumentos de planejamento. Gestão e planejamento territorial como indutor da sustentabilidade. Instrumentos de implantação e execução de gestão e planejamento territorial. Estudo de caso em gestão e planejamento territorial.
Prof. Ricardo Pacheco Napoleão – 33 anos, Doutor em Geociências e Meio Ambiente (UNESP-RIO CLARO, 2007), Mestre em Geociências e Meio Ambiente (UNESP-RIO CLARO, 2003) e Graduado em Geografia (UFRJ, 2000). Exerce cargo de analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desde 2003, tendo como especialidade o uso das geociências aplicado ao licenciamento ambiental e o uso das geotecnologias aplicada à gestão e planejamento ambiental.
11- Políticas Ambientais Nacionais: gestão participativa, instrumentos normativos e sistemas públicos (16hs)
Ementa: O acesso à Justiça e o Meio Ambiente ecologicamente sustentado: bases Constitucionais. Análise do Princípio Democrático e as formas de participação social: na esfera legislativa, administrativa e processual. Noções dos instrumentos de gestão ambiental pública e privada. Análise dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA e do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA. Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH: gestão descentralizada e participativa; Instrumentos da PNRH e Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC: da criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação. Política Nacional de Resíduos Sólidos: instrumentos e sistemas. Política Nacional de Saneamento Básico: instrumentos e sistemas.
Professor Eraldo Brandão – Advogado inscrito na OAB. Professor Universitário. Mestre em Direito (UGF). Especialista em Gerenciamento Ambiental (Unigranrio).
12- Participação Social, movimentos ecológicos e suas representações (16hs)
Objetivo: Delinear a trajetória dos mecanismos de participação sociopolítica e sua gênese na atuação dos movimentos sociais, em especial no campo socioambiental. Compreender as múltiplas formas de prática participativa e seus significados para os diversos atores sociais, diferenciando problemas ambientais de conflitos ambientais. Discutir as experiências participativas na história recente, seus desdobramentos e possibilidades. Apresentar algumas técnicas que facilitam a mediação de processos participativos.
Ementa: Movimentos sociais e ambientalismo. Múltiplos significados e práticas da Participação. Problemas e Conflitos Ambientais. Cidadania e Gestão Ambiental Participativa (Conselhos Gestores de UCs, Conselho de Mosaico de UCs, Audiências Públicas, Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais, Agendas 21 e outros Fóruns). Técnicas de Mediação de Processos Participativos.
Profa. Nylce Jucá: Educadora com Mestrado em Ecologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua há 10 anos como consultora em projetos na área de Gestão Ambiental Participativa. Atualmente coordena a Câmara Técnica de Educação Ambiental e Cultura do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e é Presidente da Associação dos Amigos da Serra dos Órgãos.
13- Conflitos Socioambientais (16hs)
Objetivo: traçar um painel multidisciplinar que permita instrumentalizar ações e impulsionar reflexões voltadas a uma sociedade inclusiva e heterogênea. Nesse sentido, os contextos históricos, jurídicos, sociológicos, antropológicos, literários, filosóficos e políticos se cruzam na elaboração de estratégias de resgate identitário, no diagnóstico de políticas públicas e na avaliação de propostas de mobilização social.
Ementa: Conflitos ambientais. Racismo ambiental. Exclusão social. Direito das minorias. Populações tradicionais. Justiça ambiental (Ecologismo dos pobres).
Prof. Wilson Madeira Filho – Bacharel em Direito pela UFF (1983); Mestre (1989) e Doutor (1998) em Letras pela PUC-RJ; Foi Professor Adjunto na Faculdade de Direito da UFF (1998-2005). É atualmente Professor Titular da Faculdade de Direito da UFF e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da UFF.
14- Economia Ambiental: Instrumentos Econômicos e Financeiros (24hs)
Objetivo: caracterizar as abordagens teóricas da economia em relação às questões ambientais e identificar os instrumentos econômico-financeiros utilizados na gestão ambiental pública.
Ementa: Bases físicas dos sistemas econômicos; Economia do meio ambiente; Economia Ecológica; Cobrança pelo uso de recursos naturais e pela poluição; Mercados ambientais existentes; instrumentos fiscais e de financiamento; experiências de políticas ambientais públicas e privadas.
Prof. Márcio Costa - Graduado em Engenharia Metalúrgica pela UFRJ em 1988. Doutor em Planejamento Energético e Ambiental pela COPPE/UFRJ em 2002. Foi pesquisador visitante do Lawrence Berkeley Laboratory, em Berkeley, na Califórnia. Atualmente é chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES.
15- Emergências Ambientais (16hs)
Objetivo: Capacitar o aluno nos princípios da identificação, avaliação e gerenciamento de EA, proporcionando elementos básicos para a formulação e execução de políticas públicas em EA.
Ementa: Acidentes ambientais; Análise, avaliação e gerenciamento de riscos; Relacionamento com a mídia em EA; Legislação em EA; Políticas e Programas de Estado em EA; Sistema de Comando de Incidentes (SCI).
Prof. Henrique Zaluar - Bacharel em Ciências Biológicas pela UERJ (1993) e Doutor em Ecologia pelo PPGE/UFRJ (2002). Analista Ambiental do IBAMA (2002/2008) e, posteriormente, do ICMBio. Foi Chefe de dois Parques Nacionais brasileiros: Parque Nacional do Viruá - RR e Parque Nacional de Itatiaia - RJ/MG). Como Analista Ambiental do IBAMA/SUPES-RJ, trabalhou na área de licenciamento e autorizações e, concomitantemente, no Parque Nacional da Tijuca, onde foi revisor do seu Plano de Manejo. Ao longo da carreira se especializou na prevenção e combate aos incêndios florestais. É instrutor de Brigada de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais; perito na investigação de suas origens e causas; Gerente de Fogo do PARNA Tijuca e membro do time ICMBio de gerenciamento de grande incêndios. Atualmente, ocupa a função de coordenador de proteção e manejo do PARNA Tijuca/ICMBio.
16- História e Epistemologia Ambiental (24hs)
Ementa: A relação Homem e Natureza. O Valor da Natureza. O Paradigma de Posse. Antropocentrismo. Impactos ambientais como efeitos colaterais da emancipação humana frente à natureza. A Ação do Homem – Pré-Revolução Industrial. A Revolução Científica e o Paradigma Mecânico. A Revolução Industrial. A natureza instrumental e material. A Sociedade Urbano-Industrial – A Sociedade de Consumo. A natureza como insumo para o processo produtivo. O paradigma de dominação. O Aparecimento do Pensamento Ambiental. O Movimento Romântico. O Conservacionismo. O Preservacionismo. História Natural e Ecologia. Thomas Maltus – Crítica de Valor Econômico. O Pensamento Ambiental no Brasil. A Floresta da Tijuca. Japão – A Filosofia Ecologia Espiritual de Mokiti Okada. Intensificação da Sociedade Urbano-Industrial. Os acidentes ambientais clássicos. O nascimento do Movimento Ambiental Moderno. Critica ambiental ao modelo de desenvolvimento clássico e à Sociedade Urbano-Industrial. As linhas de pensamento ambiental: Ecologia Social. Eco-Socialismo/Marxismo. Ecologia Rasa e Ecologia Profunda – o Amor à Natureza. Ecologia Mental/Integral – Terapia Ecológica. Ecologia e Espiritualidade – Eco-Espiritualidade. Histórico e Marcos Evolutivos. Desenvolvimento Ecologicamente Sustentável – Ecodesenvolvimento. Capitalismo Natural e a Sociedade Ecológica. A Visão Sistêmica (Holística).
Prof. Cezar Luiz França Pires – Engenheiro Civil pela Universidade Veiga de Almeida - UVA; Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela UVA; Especialista em Abordagem Transdisciplinar Holística pela Universidade da Paz – UNIPAZ e Faculdades São Judas Tadeu; Mestre em Ciências em Engenharia Civil pelo Programa de Engenharia Civil, área de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da COPPE/UFRJ. É Coordenador do MBA Planejamento e Gestão Ambiental da UVA.
17- Conservação da Natureza (16hs)
Ementa: Bases gerais de conservação da Natureza; Objetivos de conservação; Sistemas de classificação, categorias e conceitos de áreas naturais protegidas; Objetivos, usos e atividades; Relação com outras estratégias de conservação; Legislação brasileira aplicada; Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC; Conceitos fundamentais; Níveis de planejamento; Representatividade dos sistemas de Unidades de Conservação; Planejamento de Unidades de Conservação; Bases gerais para planejamento de Unidades de Conservação; Diretrizes para planejamento dos objetivos; Método de planejamento; Zoneamento; Programas de manejo; Bases gerais para a gestão de Unidades de Conservação.
Prof. Yara Valverde: Pesquisadora de Pós Doutorado do PNPD/CAPES na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, Departamento de Ciências Ambientais, Instituto de Florestas; Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Departamento de Geografia; Especialista em Biociências Nucleares - Biofisica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ; Bacharel em Ciências Biológicas pela UERJ; Atuou na administração pública nos seguintes órgãos: Congresso Nacional - Assessora Parlamentar (1990-1992), IBAMA - Chefe da Área de Proteção Ambiental - APA de Petrópolis (1992-2006), Governo do Estado do Rio de Janeiro - Presidente do Instituto Estadual de Florestas- IEF/RJ (2007), Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Coordenadora da Comissão do Bicentenário.
Prof. Rodrigo Jesus de Medeiros: Professor Adjunto do Depto de Ciências Ambientais/Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. É mestre em Ecologia e doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Pós-doutor em Ecologia e Gestão da Biodiversidade pelo Museu Nacional de História Natural de Paris (França). Atualmente é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ e docente e orientador de alunos de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais da UFRRJ e no Programa de Pós-Gradação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento da UFRJ.
18- Metodologia de Pesquisa Científica (16hs)
Ementa: Discussão de temas relacionados á produção científica: como se dá a produção do conhecimento e as dificuldades enfrentadas pela pesquisa no Brasil. As diferentes formas de fazer pesquisa – tipos e etapas da pesquisa. Das metodologias aos instrumentos de coleta de dados. A apresentação dos resultados e os relatórios de pesquisa.
Profª. Maria Tereza Avance – Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1997), na área de Políticas Públicas e Educação. Atualmente é Professora da ABEU - Centro Universitário. Coordenou o Curso de Pedagogia da Universidade Cândido Mendes (2007-2010). Atua na Especialização em Gestão Escolar - Escola de Gestores, parceria do MEC/UNIRIO. Atua no Legislativo Estadual como Assessora Parlamentar.
As inscrições estão abertas e as aulas terão início em 09 de agosto.
Confira o programa completo, com ementas, professores e carga horária.
Para ver mais detalhes e se inscrever, acessem o link abaixo:
http://www.novoiuperj.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=24&Itemid=18
Disciplinas com ementas, objetivos, carga horária e professores:
1- História da Legislação Ambiental Brasileira (24hs)
Ementa: Histórico da Legislação Ambiental Brasileira. Noções gerais sobre as políticas ambientais nacionais: Política Nacional do Meio Ambiente; Política Nacional de Recursos Hídricos; Política Nacional de Educação Ambiental; Política Nacional de Biossegurança; Política Nacional Urbana; Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Professor Rogério Rocco – Bacharel em Direito pela UCAM; Mestre em Direito da Cidade pela UERJ; Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio/MMA; Professor de Graduação e Pós-Graduação da UCAM, IBMEC, ESA/OAB, UVA, PUC, FUNCEFET; Autor e organizador de livros como Estudo de Impacto de Vizinhança – instrumento de garantia do direito às cidades sustentáveis (Ed. Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2ª edição, 2009). Foi Secretário de Meio Ambiente de Niterói (2000), Superintendente do IBAMA/RJ (2005-2008) e Coordenador Regional do ICMBio/MMA (2009-2010).
2- Educação Ambiental (16hs)
Ementa: A disciplina visa a abordagem do Histórico do pensamento ambientalista e seus reflexos nas políticas públicas em Educação Ambiental no Brasil; Conferências Internacionais de Educação Ambiental; Política Nacional de Educação Ambiental/PNEA e Política Nacional de Educação/PNE; As ações governamentais em Educação Ambiental formal e não formal; Educação ambiental, justiça ambiental e conflitos ambientais; Educação ambiental, participação e democracia; Educação ambiental vinculada ao licenciamento e gestão ambiental.
Prof. Celso Sanchez - Biólogo pela UFRJ; Mestre em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela UFRJ, cátedra UNESCO de Desenvolvimento Durável; e Doutor em Educação pela PUC-Rio; Professor Adjunto da Escola de Educação da UNIRIO; Possui larga experiência na área de educação ambiental, ecologia social e ensino de ciências.
3- História Ambiental do Brasil (16hs)
Ementa: Conhecer as bases teóricas e os métodos da história ambiental para sintetizar a formação e desenvolvimento do espaço geo-histórico e a evolução dos problemas ambientais no Brasil. Orientar caminhos conceituais e utilizar técnicas de pesquisa histórica de múltiplas fontes, possibilita a história como mais uma trilha de conhecimento e de consciência ecológica, instrumentalizando os agentes públicos nas relações com as comunidades e o ambiente onde elas habitam, e ampliando o campo de ações das políticas públicas.
Prof. Leonardo Jefferson Fernandes - Licenciatura em História pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Mestre em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade/CPDA-UFRRJ. Professor de História e Geografia - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Professor da disciplina Políticas Públicas e Meio Ambiente no MBA Meio Ambiente: Gestão, Impactos e Soluções Tecnológicas - Centro de Tecnologia Mineral (CETEM-MCT).
4- Ecologia e Avaliação Ambiental (24hs)
Ementa: Conceitos básicos aplicados de ecologia, pressões antrópicas e perda global da biodiversidade; tipologia e cenários típicos de impactos ambientais; sistemas de controle ambiental; aplicação de ferramentas de avaliação ambiental na gestão de passivos e riscos.
Profª. Carla Conde - Possui Graduação em Ciências Biológicas (1995) e Mestrado em Biologia (1999) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Espécies ameaçadas e impactos antrópicos sobre a biodiversidade. É professora universitária com 10 anos de experiência no ensino de Ecologia e disciplinas correlatas. Atualmente é consultora da Golder Brasil Associates, atuando na coordenação técnica e gerenciamento de projetos ambientais relacionados ao licenciamento e gestão ambiental de empreendimentos.
5- Tutela Ambiental no Brasil: Meio ambiente natural, cultural e artificial (16hs)
Ementa: Tutela do meio ambiente no Brasil em suas diversas dimensões, natural, cultural e artificial; o bem ambiental e sua gestão; princípios do direito ambiental aplicáveis às suas diversas dimensões; configuração do pacto federativo - exame de competências e atribuições; colisão entre políticas gerais e setoriais; instrumentos de gestão; lesão e ameaça de lesão do meio ambiente; instrumentos administrativos e instrumentos processuais de proteção; aprimoramento dos mecanismos de gestão e controle políticos e jurídicos; exigências de estruturação do Estado gestor diante dos paradigmas jurídico-constitucionais traçados em relação ao meio ambiente.
Profº Flávio Ahmed - Advogado Militante e Cientista Social; Conselheiro da OAB-RJ e Presidente da sua Comissão Permanente de Direito Ambiental; Elaborador, coordenador e professor do Curso de Direito Ambiental da ESA-RJ (Escola Superior de Advocacia da OAB-RJ); Membro do Conselho Nacional do Programa de Direito e Meio Ambiente da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio); Professor de Direito Ambiental da FGV-Rio; Membro Titular do CONEMA (Conselho de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro). Co-autor e coordenador de obras sobre o tema, dentre elas: “Cidades Sustentáveis no Brasil e sua Tutela Jurídica”,” Patrimônio Cultural e sua Tutela Jurídica”, “Advocacia Ambiental: Segurança Jurídica para Empreender”.
6- Introdução à Gestão Ambiental no Brasil (16hs)
Ementa: dinâmica territorial no Brasil e a agenda para a gestão ambiental; desenvolvimento e meio ambiente; políticas públicas, gestão ambiental e negociação de conflitos; agentes e tendências da GA no Brasil; destaques da legislação ambiental brasileira - recursos hídricos e unidades de conservação; tópicos especiais em GA - ciência e tecnologia; energia e mudanças climáticas; controle ambiental da água, ar e resíduos; avaliação ambiental (AIA, AAE e EIV), planejamento e tomada de decisões; análise de risco; sistemas de gestão ambiental.
Prof. Paulo Gusmão – Graduado em Administração Pública pela EBAP/FGV, pós-graduado em Gestão e Planejamento Ambiental pela University College London, Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela COPPE/UFRJ e Doutor em Geografia pelo IGEO/UFRJ. Experiências pregressas no Governo do Estado do Rio de Janeiro, na Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL/ONU) e na consultoria privada. Professor do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRJ, onde ministra disciplinas no campo das Políticas Públicas e Gestão Ambiental.
7- Ecologia Social (24hs)
Ementa: bases conceituais da ecologia social; revisão dos paradigmas da modernidade e da pós-modernidade; reflexões sobre a natureza na contemporaneidade; sistemas de pensamento sobre as técnicas, subjetividades e culturas; ecologia política.
Objetivo: A disciplina propõe refletir acerca das interações dinâmicas entre indivíduos, grupos, espaços, lugares e instituições, delimitando cenários cuja complexidade tem sido parcialmente discutida. Questões relevantes para essa análise dizem respeito aos limites fundados a partir da oposição entre os fatos da natureza e os valores e poderes da sociedade. Mais do que meras externalidades, fatores sociais, legais, econômicos e culturais, em toda a gama das instituições formais e informais, influenciam na eficácia das políticas ambientais. Tal problematização nos leva a rever a imposição de limites estanques no debate político em torno dos princípios de sustentabilidade, diversidade cultural, biodiversidade, governanças locais e globais, mobilização social. Ao mesmo tempo, a Ecologia Social fornece subsídios interessantes para dimensionar capacidades públicas investidas na gestão das políticas ambientais, sob o ponto de vista do amadurecimento das relações firmadas entre governo e sociedade.
Profª. Ana Lúcia Camphora - 47 anos, carioca, Doutora em Ciências Sociais (CPDA/UFRRJ, 2008), Mestre em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (EICOS/UFRJ, 2003), graduação em Psicologia (UFRJ, 1988). Membro do Grupo Temático de Sustentabilidade Econômica do Fórum Nacional de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, desde 2005. Coordenadora Executiva do Comitê Estadual da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica do Rio de Janeiro.
Atua como consultora independente (Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Ciência e Tecnologia, Instituto Estadual do Ambiente, BID, UNESCO, The Nature Conservancy, entre outros), em intervenções nas áreas da economia da conservação e gestão de serviços ambientais, sustentabilidade financeira e institucional de áreas protegidas, gestão de recursos hídricos.
8- Licenciamento Ambiental (16hs)
Ementa: Meio Ambiente e Licenciamento Ambiental: Visão Geral; Licenciamento como Instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente; Legislação Aplicada ao Licenciamento Ambiental; Objetivos do Licenciamento; EIA/RIMA; Resoluções CONAMA nº 01/86 e 237/97; Licenciamento Ambiental para atividades terrestres e marítimas; Licenças Ambientais: LP, LI, LO; Etapas do Estudo de Impacto Ambiental; Prática em torno da Audiência Pública.
Prof. Roberto Huet de Salvo Souza – Doutor em Ciência pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar/SP; Mestre em Biologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Fundação Universidade do Amazonas - INPA/FUA; Advogado inscrito na OAB/Rio de Janeiro; Biólogo pela Universidade Santa Úrsula/RJ; Bacharel em Direito pelas Faculdades Integradas Anhanguera/São Paulo; Auditor Ambiental, com registro no Institute of Environmental Management & Assessment – IEMA (antigo EARA); Coordenador do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA/RJ.
9- Tríplice Responsabilidade por ações lesivas ao Meio Ambiente: Crimes Ambientais, Infrações Administrativas e Responsabilidade Civil Objetiva (16hs)
Ementa: A Responsabilidade Civil no Direito comum e a Responsabilidade no Direito Ambiental; a Responsabilidade Penal ambiental: considerações gerais; a Responsabilidade Penal individual e a Responsabilidade Penal da pessoa jurídica; as Sanções Penais; os Crimes Ambientais de acordo com a Lei 9.605/98; a Responsabilidade Administrativa ambiental: conceito e considerações gerais; o Poder de Polícia ambiental; Infração Administrativa ambiental; Competência para a definição de infrações administrativas ambientais; Sanções Administrativas; as interligações entre as sanções penais e as administrativas.
Prof. Rogério Zouein – Advogado do Escritório Carlos Mafra de Laet Advogados; Biólogo; Professor, de 1995 a 2007, no Curso de Pós-Graduação em Análise e Avaliação Ambiental da PUC-RJ; Assessor-Jurídico Chefe da Fundação Parques e Jardins, da Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro (1999 a 2000); Diretor-Presidente da ONG Grupo Ação Ecológica.
10- Planejamento e Gestão do Território (16hs)
Objetivo: Proporcionar ao aluno o entendimento do conceito de planejamento e gestão do território apresentando as metodologias e técnicas disponíveis para a sua execução.
Ementa: Teoria do planejamento e gestão do território: histórico e conceituação. A gestão e o planejamento do território e o enfoque ambiental: critérios ambientais na definição do planejamento. Utilização de modelos e de instrumentos de planejamento. Gestão e planejamento territorial como indutor da sustentabilidade. Instrumentos de implantação e execução de gestão e planejamento territorial. Estudo de caso em gestão e planejamento territorial.
Prof. Ricardo Pacheco Napoleão – 33 anos, Doutor em Geociências e Meio Ambiente (UNESP-RIO CLARO, 2007), Mestre em Geociências e Meio Ambiente (UNESP-RIO CLARO, 2003) e Graduado em Geografia (UFRJ, 2000). Exerce cargo de analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desde 2003, tendo como especialidade o uso das geociências aplicado ao licenciamento ambiental e o uso das geotecnologias aplicada à gestão e planejamento ambiental.
11- Políticas Ambientais Nacionais: gestão participativa, instrumentos normativos e sistemas públicos (16hs)
Ementa: O acesso à Justiça e o Meio Ambiente ecologicamente sustentado: bases Constitucionais. Análise do Princípio Democrático e as formas de participação social: na esfera legislativa, administrativa e processual. Noções dos instrumentos de gestão ambiental pública e privada. Análise dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA e do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA. Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH: gestão descentralizada e participativa; Instrumentos da PNRH e Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC: da criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação. Política Nacional de Resíduos Sólidos: instrumentos e sistemas. Política Nacional de Saneamento Básico: instrumentos e sistemas.
Professor Eraldo Brandão – Advogado inscrito na OAB. Professor Universitário. Mestre em Direito (UGF). Especialista em Gerenciamento Ambiental (Unigranrio).
12- Participação Social, movimentos ecológicos e suas representações (16hs)
Objetivo: Delinear a trajetória dos mecanismos de participação sociopolítica e sua gênese na atuação dos movimentos sociais, em especial no campo socioambiental. Compreender as múltiplas formas de prática participativa e seus significados para os diversos atores sociais, diferenciando problemas ambientais de conflitos ambientais. Discutir as experiências participativas na história recente, seus desdobramentos e possibilidades. Apresentar algumas técnicas que facilitam a mediação de processos participativos.
Ementa: Movimentos sociais e ambientalismo. Múltiplos significados e práticas da Participação. Problemas e Conflitos Ambientais. Cidadania e Gestão Ambiental Participativa (Conselhos Gestores de UCs, Conselho de Mosaico de UCs, Audiências Públicas, Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais, Agendas 21 e outros Fóruns). Técnicas de Mediação de Processos Participativos.
Profa. Nylce Jucá: Educadora com Mestrado em Ecologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua há 10 anos como consultora em projetos na área de Gestão Ambiental Participativa. Atualmente coordena a Câmara Técnica de Educação Ambiental e Cultura do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e é Presidente da Associação dos Amigos da Serra dos Órgãos.
13- Conflitos Socioambientais (16hs)
Objetivo: traçar um painel multidisciplinar que permita instrumentalizar ações e impulsionar reflexões voltadas a uma sociedade inclusiva e heterogênea. Nesse sentido, os contextos históricos, jurídicos, sociológicos, antropológicos, literários, filosóficos e políticos se cruzam na elaboração de estratégias de resgate identitário, no diagnóstico de políticas públicas e na avaliação de propostas de mobilização social.
Ementa: Conflitos ambientais. Racismo ambiental. Exclusão social. Direito das minorias. Populações tradicionais. Justiça ambiental (Ecologismo dos pobres).
Prof. Wilson Madeira Filho – Bacharel em Direito pela UFF (1983); Mestre (1989) e Doutor (1998) em Letras pela PUC-RJ; Foi Professor Adjunto na Faculdade de Direito da UFF (1998-2005). É atualmente Professor Titular da Faculdade de Direito da UFF e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da UFF.
14- Economia Ambiental: Instrumentos Econômicos e Financeiros (24hs)
Objetivo: caracterizar as abordagens teóricas da economia em relação às questões ambientais e identificar os instrumentos econômico-financeiros utilizados na gestão ambiental pública.
Ementa: Bases físicas dos sistemas econômicos; Economia do meio ambiente; Economia Ecológica; Cobrança pelo uso de recursos naturais e pela poluição; Mercados ambientais existentes; instrumentos fiscais e de financiamento; experiências de políticas ambientais públicas e privadas.
Prof. Márcio Costa - Graduado em Engenharia Metalúrgica pela UFRJ em 1988. Doutor em Planejamento Energético e Ambiental pela COPPE/UFRJ em 2002. Foi pesquisador visitante do Lawrence Berkeley Laboratory, em Berkeley, na Califórnia. Atualmente é chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES.
15- Emergências Ambientais (16hs)
Objetivo: Capacitar o aluno nos princípios da identificação, avaliação e gerenciamento de EA, proporcionando elementos básicos para a formulação e execução de políticas públicas em EA.
Ementa: Acidentes ambientais; Análise, avaliação e gerenciamento de riscos; Relacionamento com a mídia em EA; Legislação em EA; Políticas e Programas de Estado em EA; Sistema de Comando de Incidentes (SCI).
Prof. Henrique Zaluar - Bacharel em Ciências Biológicas pela UERJ (1993) e Doutor em Ecologia pelo PPGE/UFRJ (2002). Analista Ambiental do IBAMA (2002/2008) e, posteriormente, do ICMBio. Foi Chefe de dois Parques Nacionais brasileiros: Parque Nacional do Viruá - RR e Parque Nacional de Itatiaia - RJ/MG). Como Analista Ambiental do IBAMA/SUPES-RJ, trabalhou na área de licenciamento e autorizações e, concomitantemente, no Parque Nacional da Tijuca, onde foi revisor do seu Plano de Manejo. Ao longo da carreira se especializou na prevenção e combate aos incêndios florestais. É instrutor de Brigada de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais; perito na investigação de suas origens e causas; Gerente de Fogo do PARNA Tijuca e membro do time ICMBio de gerenciamento de grande incêndios. Atualmente, ocupa a função de coordenador de proteção e manejo do PARNA Tijuca/ICMBio.
16- História e Epistemologia Ambiental (24hs)
Ementa: A relação Homem e Natureza. O Valor da Natureza. O Paradigma de Posse. Antropocentrismo. Impactos ambientais como efeitos colaterais da emancipação humana frente à natureza. A Ação do Homem – Pré-Revolução Industrial. A Revolução Científica e o Paradigma Mecânico. A Revolução Industrial. A natureza instrumental e material. A Sociedade Urbano-Industrial – A Sociedade de Consumo. A natureza como insumo para o processo produtivo. O paradigma de dominação. O Aparecimento do Pensamento Ambiental. O Movimento Romântico. O Conservacionismo. O Preservacionismo. História Natural e Ecologia. Thomas Maltus – Crítica de Valor Econômico. O Pensamento Ambiental no Brasil. A Floresta da Tijuca. Japão – A Filosofia Ecologia Espiritual de Mokiti Okada. Intensificação da Sociedade Urbano-Industrial. Os acidentes ambientais clássicos. O nascimento do Movimento Ambiental Moderno. Critica ambiental ao modelo de desenvolvimento clássico e à Sociedade Urbano-Industrial. As linhas de pensamento ambiental: Ecologia Social. Eco-Socialismo/Marxismo. Ecologia Rasa e Ecologia Profunda – o Amor à Natureza. Ecologia Mental/Integral – Terapia Ecológica. Ecologia e Espiritualidade – Eco-Espiritualidade. Histórico e Marcos Evolutivos. Desenvolvimento Ecologicamente Sustentável – Ecodesenvolvimento. Capitalismo Natural e a Sociedade Ecológica. A Visão Sistêmica (Holística).
Prof. Cezar Luiz França Pires – Engenheiro Civil pela Universidade Veiga de Almeida - UVA; Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela UVA; Especialista em Abordagem Transdisciplinar Holística pela Universidade da Paz – UNIPAZ e Faculdades São Judas Tadeu; Mestre em Ciências em Engenharia Civil pelo Programa de Engenharia Civil, área de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da COPPE/UFRJ. É Coordenador do MBA Planejamento e Gestão Ambiental da UVA.
17- Conservação da Natureza (16hs)
Ementa: Bases gerais de conservação da Natureza; Objetivos de conservação; Sistemas de classificação, categorias e conceitos de áreas naturais protegidas; Objetivos, usos e atividades; Relação com outras estratégias de conservação; Legislação brasileira aplicada; Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC; Conceitos fundamentais; Níveis de planejamento; Representatividade dos sistemas de Unidades de Conservação; Planejamento de Unidades de Conservação; Bases gerais para planejamento de Unidades de Conservação; Diretrizes para planejamento dos objetivos; Método de planejamento; Zoneamento; Programas de manejo; Bases gerais para a gestão de Unidades de Conservação.
Prof. Yara Valverde: Pesquisadora de Pós Doutorado do PNPD/CAPES na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, Departamento de Ciências Ambientais, Instituto de Florestas; Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Departamento de Geografia; Especialista em Biociências Nucleares - Biofisica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ; Bacharel em Ciências Biológicas pela UERJ; Atuou na administração pública nos seguintes órgãos: Congresso Nacional - Assessora Parlamentar (1990-1992), IBAMA - Chefe da Área de Proteção Ambiental - APA de Petrópolis (1992-2006), Governo do Estado do Rio de Janeiro - Presidente do Instituto Estadual de Florestas- IEF/RJ (2007), Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Coordenadora da Comissão do Bicentenário.
Prof. Rodrigo Jesus de Medeiros: Professor Adjunto do Depto de Ciências Ambientais/Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. É mestre em Ecologia e doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Pós-doutor em Ecologia e Gestão da Biodiversidade pelo Museu Nacional de História Natural de Paris (França). Atualmente é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ e docente e orientador de alunos de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais da UFRRJ e no Programa de Pós-Gradação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento da UFRJ.
18- Metodologia de Pesquisa Científica (16hs)
Ementa: Discussão de temas relacionados á produção científica: como se dá a produção do conhecimento e as dificuldades enfrentadas pela pesquisa no Brasil. As diferentes formas de fazer pesquisa – tipos e etapas da pesquisa. Das metodologias aos instrumentos de coleta de dados. A apresentação dos resultados e os relatórios de pesquisa.
Profª. Maria Tereza Avance – Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1997), na área de Políticas Públicas e Educação. Atualmente é Professora da ABEU - Centro Universitário. Coordenou o Curso de Pedagogia da Universidade Cândido Mendes (2007-2010). Atua na Especialização em Gestão Escolar - Escola de Gestores, parceria do MEC/UNIRIO. Atua no Legislativo Estadual como Assessora Parlamentar.
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