segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ministério do Meio Ambiente vai autorizar uso de APA Guapimirim e ESEC Guanabara pela Petrobras

Segundo economista da UFRJ, COMPERJ terá autorização para utilizar rios protegidos

Apesar das restrições estabelecidas pelo IBAMA, em 2006, e das condições presentes na Licença Prévia emitida pelo INEA no mesmo ano, a Petrobras utilizará os rios da APA Guapimirim e da ESEC Guanabara para o transporte de equipamentos pesados para o COMPERJ. A informação foi dada pelo Economista Carlos Young, Coordenador do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Instituto de Economia da UFRJ.

Segundo Young, a autorização será emitida pela alta administração ambiental do Governo Federal, em detrimento das posições adotadas pela administração das Unidades de Conservação e pela Coordenação Regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, localizada no Rio de Janeiro.

A afirmação foi feita neste sábado, dia 19 de maio, na Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, durante aula ministrada pelo economista, no Curso de Especialização em Gestão da Biodiversidade, no qual Young é professor.

Em março deste ano, divulguei aqui no blog a decisão tomada pelo Ministério do Meio Ambiente de exonerar o chefe da APA Guapimirim, o analista ambiental Breno Herrera, para atender à demanda da Petrobras, conforme presente no link abaixo:
http://www.rogeriorocco.blogspot.com.br/2012/03/ministerio-do-meio-ambiente-cede.html#comment-form

Apesar de ter sido comunicado oficialmente pela direção do ICMBio de sua exoneração dias antes da publicação da matéria, Breno Herrera ainda não foi exonerado, mas sabe que isso é uma questão de tempo. O Secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, negou que o Ministério do Meio Ambiente tivesse a intenção de exonerar o chefe da unidade.

Mas, segundo Carlos Young, a autorização para o COMPERJ será emitida.

Vamos acompanhar!

2 comentários:

  1. A informação que eu tenho é que vão querer fazer "apenas" 200 viagens nesse canal. Vale a pena devastar uma vegetação de mais de 500 anos por isso?

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  2. Este é um modus operandi governamental já bastante conhecido daqueles que lidam com o suspeito licenciamento do emissário terrestre/submarino do COMPERJ. E o Governo Brasileiro ainda se gaba de ser liderança na área ambiental mundial...

    Que a Rio+20 seja a oportunidade para que nós, que não compartilhamos dessa ideologia delirante ultradesenvolvimentista do governo, possamos botar a boca no trombone e mostrar ao mundo que liderança é esta na realidade!

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